Nascimento
Hospital Nossa Senhora de Fátima
Ayla
Vou contar um pouquinho como foi a chegada da Ayla, um pouquinho do que vivi e eternizei.
Já mesmo antes de chegar ao hospital a ansiedade e um pouco de medo tomavam conta do coraçãozinho da Taw. Ela até me mandou mensagem que estava chorando.
Quando chegaram ao hospital todo aquele alvoroço de recepção, internamento, trocar de roupa, quando de repente ela se viu sozinha, sentada na cadeira, acho que naquele momento a ficha começou a cair… “A Ayla esta chegando, nosso familia vai aumentar, vai se completar”, mas dava para ver em seus olhos que a maior preocupação de todas era como seria o tão esperado e pensado “encontro”, como seria a reação do pequeno Arthur ao ver sua irmãzinha Ayla pela primeira vez, será que ele ia ficar feliz? Sera que ele teria ciúmes? Como seria essa relação?
Acredito que quando as mamães engravidam do segundo filho, elas sempre ficam sonhando e idealizando os dois brincando juntos, um cuidando do outro, parceiros e amigos.
O grande momento chegou, a despedida de todos foi com benções e choros e lá foi ela, por aquele infindável e gelado corredor. Nós fomos logo atras, e agora o papai que antes estava bem tranquilo, já começava andar de um lado para o outro inquieto, parece que os minutos eram eternos. Ufa, finalmente fomos chamados. Com cuidado e sem encostar em nada entramos na sala e esperamos o grande momento.
Houve um fechar de olhos, uma respiração fundo e la no fundo se ouviu um chorinho, ainda bem fraquinho…
É a Ayla, ela chegou, ela é cabeludinha e linda.
Depois dos seus cuidados veio se acalentar no colo do papai e da mamãe e aos poucos foi esquentando, recuperando sua corzinha, seu chorinho já era mais forte e foi abrindo os olhinhos e agora ela já queria ver tudo.
Enquanto isso, lá fora a ansiedade estava a mil, Arthur já tinha passeado por todos os corredores, já tinha marchado com a vovó, já tinha visto os bebes tomarem banho com a titia, até subir nas paredes como homem aranha ele tinha subido com o vovô… E as horas se passaram, e a noite foi adentrando, o hospital ficando quieto e todo barulho de carrinho corríamos na parto para ver se eram ele… e nada…
Até que finalmente, as 22h o coração começou a bater mais forte porque sim, la no final do corredor quem vinha era a Ayla, a mamãe e o Papai, Arthur estava pulando de alegria, ele poderia finalmente conhecer a sua irmãzinha.
E foi lindo de ver o encontro dos dois, ele sorriu com o olhar para o papai, e quase chorou de alegria, no colo da vovó ele olhava para todos e dizia “é a Ayla, é a Ayla”.
Os momentos seguintes foram de muito carinho, aconchego e sorrisos, todos estavam plenos e felizes, tudo estava bem.
E foi assim que eu enxerguei e vive o nascimento da Ayla e o renascimento de uma familia.